Local: Ruínas da Igreja de Santa Maria, no Castelo de Palmela.
Data: Sábado, 23 de Julho às 22.00h
Motivo: Espectáculo ao vivo das Danças Ocultas
Frase da noite: "Eu sou imeeeeeeeeeeeeeenso!" :)
Há noites em que não se deve ficar em casa e ontem foi uma dessas ocasiões. As Danças Ocultas, um quarteto nacional de concertinas, deram um concerto ao ar livre no Castelo de Palmela que para mim foi um dos melhores momentos de música a que assisti nos últimos meses.
O cenário não podia ser melhor: as ruínas de uma Igreja em que o espaço era dividido entre público e músicos, numa proximidade que, mesmo num espaço ao ar livre, foi responsável pela intimidade que o concerto exigia. Quanto à música, palavras para quê? São músicos nacionais de grande qualidade com uma cumplicidade tal que se reflecte na forma como interpretam os temas. As cumplices trocas de olhares entre eles, a forma como brincam à séria com a música, a entrega e o prazer que sentem ao estar em palco, tem como resultado uma música imensa, povoada de sonoridades cuja origem questionei vezes sem conta. Será que aqueles sons vêm mesmo das concertinas? Claro que sim, mas vêm muito mais da maneira como aqueles músicos as tocam e nos tocam com o que fazem. E tocaram mesmo. Foi uma noite de música imensa. Uma imensa música que conseguiu embalar e envolver e fazer sentir coisas que há muito não sentia.
2 comentários:
Se soubesse também lá tinha ido. Dos Danças Ocultas lembro-me de ter visto um concerto no CCB quando lançaram o primeiro álbum. E já lá vão uns bons anos... Talvez uns 8 ou 9. Desde então nunca mais os vi, mas concordo com a tua opinião. São um projecto fabuloso.
Ass: Gattaca
Olá, obrigado pelas palavras simpáticas! fiz uma referência a este post no nosso blogue: http://dancasocultas.weblog.com.pt
Aparece sempre!
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