domingo, outubro 30, 2005

sentimos, crescemos...

O ser humano gosta de sofrer. Não critico esta atitude até porque contra mim falaria se o fizesse. Quem não gosta de uma boa sessão de choro ao som das músicas que se ouviam nos bons tempos? Quem não gosta de olhar para fotografias tiradas quando a alegria era grande? Quem não gosta de recordar os momentos mais felizes? Quem é que nunca se desviou quilómetros só para passar por um local onde algo de especial aconteceu?

Não critico nada disto, sinceramente. Acho saudável, acho bonito, acho romântico. Não se devem esconder os sentimentos atrás de falsos sorrisos e ideias tolas porque, tão simplesmente, sentir é a propriedade que nos distingue dos outros seres. Enquanto que eles agem por instinto, nós agimos por sentimento, por sentir ou não algo. Camuflar o que se sente é, quanto a mim, irracional. Não o faço! E se pensarem bem não é à toa que em qualquer consulta do psicólogo somos "obrigados" a relembrar as coisas que mais doem.

Os sentimentos são para estar vivos, sejam eles bons ou maus, tragam alegria, tristeza, melancolia ou saudade. São eles as verdadeiras e reais lições. É com eles que crescemos. É com eles que vivemos e será com eles que fecharemos as páginas anteriores da nossa existência, iniciando o parágrafo seguinte, numa nova página, com outro fôlego.

PS: Engraçado. Este foi o texto que mais depressa escrevi aqui no blog. Não teve nem uma correcção. Ele há coisas...

sábado, outubro 29, 2005

coisas que se ouvem...

Runião e éroporto.
Logo pela manhã, para acordar a caminho do trabalho, mais duas pérolas do "bom" português que se vai ouvindo por algumas das nossas rádios.

segunda-feira, outubro 24, 2005

desabafos #1

Irritam-me as pessoas que parecem beber o café gota a gota, impedindo os restantes clientes de se aproximarem do balcão. Depois, somos obrigados a gritar para o empregado, por cima dessa mesma pessoa. bah!

sexta-feira, outubro 21, 2005

perguntas #1

"Então e tu quanto é que te casas?"
Desde que a minha irmã se casou, esta é a pergunta que mais me têm feito. Mas que mania é esta de pensar que todos temos que seguir o mesmo caminho ou o percurso dito "normal". E o pior é que já não encontro forma de dar desculpas "politicamente correctas"...
Para que saibam: Casar, NÃO MESMO! argh!

quinta-feira, outubro 20, 2005

a vida é injusta

No dia em que o dono do Sporting se decide demitir, numa última tentativa para comover o pagode, o jogador da bola armado em modelo resolve ser preso...
Já uma pessoa não pode dar nas vistas, bolas! A vida é injusta!

ângulos

O ângulo faz a coisa.
Olha que isto até podia dar um ditado popular todo catita... Enfim. Tudo isto a propósito das praxes a que hoje assisti. Quando fui praxado até achei piada à coisa e fui numa de "já que aqui estou, vamos lá ver o que é que isto vai dar". E deu. Diverti-me mesmo! Hoje, de um outro ângulo, achei a praxe a coisa mais parva do mundo. Sinceramente, e que me desculpem os meus colegas praxistas, o que é aquilo, heim?

segunda-feira, outubro 17, 2005

reciclar, usar...



E se este saco fosse para… Usar como chapéu de sol Embrulhar um presente Fazer uma máscara de carnaval Apontar números de telefone Guardar cartas de amor Pôr terra e plantar uma árvore Pôr a roupa suja Apanhar flores do jardim Arrumar a sala em 5 minutos Muitas pipocas Ouvir o mar Guardar discos de vinil Fazer um piquenique Recolher papel velho Mudar de casa Acender uma fogueira Reciclar a sua vida?
in saco do ikea/experimenta design 2005

Um saco é apenas um simples exemplo de como somos hábeis a usar objectos para efeitos diferentes daqueles para os quais foram criados. Com os objectos, a ideia pode até funcionar. Com as pessoas, não! Então, porque é que há quem insista em usar-nos para propósitos diferentes daqueles que seriam desejáveis? E porque é que insistimos em nos deixarmos usar?

domingo, outubro 16, 2005

frases

Ignore Reality. There's Nothing You Can Do About It.
Há frases que surgem no momento certo, traduzindo tão bem o que sentimos. Esta foi dita pela Natalie Imbruglia no concerto do Freeport. Acabei por não ir. Paciência. A vida pode esperar.
Thank's V.

quarta-feira, outubro 12, 2005

freak-show de luxo



Há muito que queria ver "A Ilha". Não porque o género de filme me interesse por aí além, mas antes pelo assunto abordado – a clonagem – uma das discussões actuais que mais me fascina e intriga e me faz questionar acerca dos avanços tecnológicos. Será que é necessário ir tão longe?

No filme, a forma como se aborda o tema é, sem dúvida, inovadora. Tudo se passa numa colónia de clones que são uma espécie de reserva para pessoas ricas e sem escrúpulos, que ali têm uma cópia fiel de si mesmos não vá o diabo tecê-las e ser necessário um qualquer órgão ou uma sempre importante (ironia!) revitalização cutânea... Tudo a troco de uns escassos milhões de dólares. Coisa pouca para quem aspira a vida eterna. A verdadeira feira das vaidades. Um "freak-show" de luxo.

Tudo isto não me teria feito pensar tanto se a clonagem fosse ainda algo de muito virtual. Acontece que não é. Assusta-me a ideia de que, da mesma forma que se fazem operações plásticas e afins, possam vir a existir pessoas que usem a vida de seres humanos em beneficio de futilidades. Se hoje já é possível criar-se pele humana através destes métodos, até que ponto é que a coisa não descamba para algo mais macabro, tal como o filme relata? Temo que, da mesma forma que génios como Júlio Verne conseguiram antever o futuro, este mesmo filme possa a vir tornar-se numa realidade. Até onde vai a ambição do homem de ser mais e melhor? Quando vai parar a mania de nos tornarmos no ser mais perfeito à face da terra?
É que perfeição só será atingida no dia em que o homem conseguir equilibrar-se com a natureza. Até lá, muitas contas têm que ser acertadas e quem vai pagar a factura deste freak-show de luxo somos mesmo nós...

domingo, outubro 09, 2005

vedetismo 1 - esclarecimento 0

Terminou a campanha eleitoral. Há muito que acordar ao fim-de-semana não significava silêncio. Acabou-se o despertar ao som de promessas eleitorais misturadas com música roufenha, que noutros tempos já serviu de banda sonora a filmes. Se o autor soubesse o destino da sua música... E até era bonita...

Bonito seria também ter visto uma campanha eleitoral com propostas à séria, com candidatos sérios, com discussões sérias e com debates realmente esclarecedores sobre uma coisa que tem alguma importância (digo eu): a qualidade de vida dos cidadãos que, afinal, pagam os ordenados aos senhores que deviam zelar por essa mesma qualidade. Depois de mais de 15 dias a ver discursos, apertos de mão, beijos, peixeiras, políticos a dançar e a cantar, sinto-me exactamente na mesma. O vedetismo ganhou ao esclarecimento das populações.

Amanhã vou votar, claro. Jamais o deixarei de fazer porque é um dever cívico e uma forma de nos expressarmos. Se há tanta gente a manifestar-se por aí, aproveitem e usem esta forma legal para mostrar que pensam de tudo o que está a ser feito em Portugal. Se a mudança é necessária, ela começa em cada um de nós com pequenos (grandes!) gestos. A praia e os centros comerciais podem esperar.

quinta-feira, outubro 06, 2005

last night

Há músicas que marcam momentos. Esta é uma delas e marcou a noite de ontem em que até luzes estranhas no meio do nevoeiro se avistaram, ali para os lados da Aldeia do Meco... Creeeepy!
Quanto ao tema, chama-se The Waves e é interpretado pela italiana Elisa. Leiam a letra, descubram a música e deliciem-se. Vale mesmo a pena!
Thanks PECO, you bitch! :p

I'll get away, get in the car
I'll reach the shore before sunrise
And I'll watch the moon and stars
I'll tell them everything about us

I left last night
I reached the shore
Trying to find everything I lost
In a thousand waves
A million waves
Still, somewhere I am sure

That I will see your face
I will see you there

Morning sun
Before you will rise
Before you'll come and shine again on us
Let me find, let me find, let me find

Some comfort in the night
Cause I don't mind what I've lost
I've reached the shore
And nothing ever changed
In a thousand waves
A million waves
Oh still I look for love

And all I see is your face
So I come back home to you

I bleed but I'm choosing you again
I'm done but I'm ready to begin

terça-feira, outubro 04, 2005

signing out...

O messenger! Essa grande invenção que, supostamente, serve para nos aproximar dos amigos (estejam eles distantes ou na localidade vizinha), para falar, brincar, rir, trabalhar… Enfim, uma quantidade imensa de recursos para… nada! Pronto, não é bem para nada, mas é que ultimamente começo a ganhar uma certa repulsa a esta ferramenta, de tal forma que se já lá vou pouco a coisa tende a piorar.

Tudo isto porque nos últimos tempos tenho vindo a confirmar algo que à partida já sabia. As palavras via messenger, mesmo que usadas da melhor forma possível, não conseguem transmitir nem 20% daquilo que queremos dizer. O resultado é o contrário aquele que seria de esperar. A conversa acaba por desembocar numa discussão sobre o “sexo dos anjos”. E o pior é que ninguém tem razão porque se um não quis dizer algo de certa forma, quem está do outro lado também não tem culpa de interpretar livremente o que acabou de ler. E porque discutir em forma de texto é das coisas mais parvas que conheço, além de que é uma falta de respeito e de consideração para as duas pessoas envolvidas, acabo por ficar tão irritado, injustiçado e até mesmo triste que pego no telemóvel na tentativa de explicar que aquela frase não queria dizer isto, mas sim aquilo... Com tudo isto vai-se a espontaneidade que para mim é uma das pequenas formas de humanizar este meio. É que para evitar conversas e frases que possam ser mal interpretadas, acabo por não falar tanto, tendo a resumir a conversa a algo de banal e pouco interessante e já não permaneço tanto tempo ligado como antes. O messenger está a cansar-me e nestes tempos conturbados o que menos preciso é de coisas que me cansem a alma.
Vou encerrar a sessão. Até logo!