quarta-feira, setembro 21, 2005

à primeira vista

O que é que nos faz gostar de alguém que à partida, caso entrasse na nossa vida de outra forma e com outra abordagem, nada iria significar para nós? Que estranho fenómeno é este que nos faz ficar com o coração aos pulos (sim, eu ainda sinto isso), que nos leva o chão, que nos faz sentir um misto de angústia e ansiedade interiores e que nos deixa com um sorriso parvo que nada esconde?

Acho que estas são algumas das minhas maiores dúvidas existênciais. Sempre me questionei acerca disto. Há alguns tempos atrás alguém falava de um autor americano que fez um estudo acerca do amor (eu diria paixão) à primeira vista. Segundo ele, este estranho fenómeno é real e acontece por uma simples razão: se gostamos de alguém ao primeiro olhar é porque a pessoa alvo tem qualquer coisa de semelhante com os nossos pais ou com alguém de quem gostamos anteriormente, seja a forma dos olhos ou do rosto. O nosso subconsciente reconhece a semelhança de um qualquer traço e encarrega-se de nos prender a atenção. A coisa parece realmente muito mecânica, eu sei, mas é perfeitamente compreensível e a partir do momento em que ouvi tal argumento a ideia solidificou-se na minha mente. É realmente possível uma paixão ao primeiro olhar. Já aconteceu comigo, tenho disso consciência, mas o mais estranho de tudo é que, analisando o meu historial amoroso, não consigo de todo encontrar as tais semelhanças...

Sem comentários: