Nunca percebi esta coisa dos dias mundiais. Pronto, aceito a existência de alguns e a sua importância é tão válida que quase mereciam uma semana de comemorações. Mas há outros que nem sequer deviam ser comemorados e sempre que falo disto lembro-me da reacção da minha mãe quando se refere ao Dia Internacional da Mulher dizendo sentir-se comparada a um animal. E concordo com ela!
Esta curta reflexão vem a propósito da minha recente descoberta acerca de um alegado Dia Mundial Contra o Racismo no Desporto. Após umas pesquisas na Internet, para tentar perceber qual a razão da existência desta comemoração, fiquei a saber o mesmo: nada! A existência deste dia faz-me alguma confusão. As Nações Unidas declararam o dia 21 de Março como Dia Internacional Contra a Discriminação Racial e quanto a mim a data é suficiente uma vez que não é num único dia que se vai fazer algo em prol daqueles que são vítimas deste tipo de exclusão. Daí que não entenda qual a razão da existência deste dia. É que tanto no desporto como em qualquer outra actividade o racismo pode estar presente. Logo, quanto a mim, não faz sentido criar esta separação. A continuar assim, qualquer dia alguém tem a brilhante ideia de aplicar este tema a outras realidades. Parece que estou a imaginar… Dia Mundial de Luta contra o Racismo nos Cafés que Vendem Imperial a 1 euro. Era janota, não era?
E já que estamos em Portugal, porque não criar datas que exaltem a nossa cultura e aquilo que é nacional. A nossa auto-estima iria agradecer. Vá, aqui vão umas preciosas contribuições: Dia Mundial da Sardinha Assada e da Broa de Milho, Dia Mundial do Bacalhau à Gomes de Sá ou o Dia Mundial do Palito. Vá, digam lá se tenho ou não boas ideias?
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