sexta-feira, agosto 29, 2008

análise

Queria apenas compreender que aptidão é esta que me faz ficar, repentinamente, nas situações mais estranhas e, ao mesmo tempo, surpreendentes. Este ano tem sido particularmente fertil em casos complicados, confusões e mal (ou então não) entendidos. Parece que cada passo dado, ao invés de ser um avanço, mostra-se um real recuo, nomeadamente ao nível das relações com os outros.

Como exigente que sou (com os outros), mas principalmente comigo mesmo, tenho perdido algum tempo a analisar tudo o que se tem passado nos últimos meses (apesar das auto-análises serem sempre perigosas e pouco distanciadas). As pessoas envolvidas são diferentes, tal como cada situação se tem revestido de contornos muito próprios e peculiares. A que conclusão chego? Apenas a uma: gostava que, na maioria dos casos, o problema se revelasse meu e só meu. Confesso que, após identificação da falha, seria bem mais fácil resolver a situação (ou as situações). Quem me conhece sabe que sou o primeiro a querer as coisas bem resolvidas e definidas. Quem acha o contrário, então, muito possivelmente, não me conhece (ou não quer conhecer). Chego à conclusão que posso ter falhado aqui e ali, mas percebo que não foram essas minhas falhas as principais responsáveis pelas rupturas ou pelos problemas.

Então deves sentir-te melhor, após esta análise, não? - perguntam vocês. Eu respondo: não, de forma alguma. Os amargos de boca continuam e a irritação por não conseguir muitas vezes ser ouvido está cá. Dentro de mim, vive ainda a raiva pelo facto dos argumentos que me atiram à cara serem, na maioria das vezes, falaciosos (para já não falar daqueles que, por falta de outros recursos argumentativos/real inteligência, caem no insulto barato).

1 comentário:

Anónimo disse...

Independentemente das falhas serem tuas ou não, cabe sempre a ti a capacidade e/ou responsabilidade para fornecer uma solução para o problema.

Se não podemos mudar os outros, podemos agir em função do que os outros são, sem mudarmos quem somos.

Não há relações unilaterais e se as relações falham, pelo menos que se colham os ensinamentos para as futuras relações.

"And we say
Hey boy
Give your dreams a rest
If you're tired of searching
This is where it ends
There's nothing left to lose
Nothing to protest
Learn to love your anger now
Anger here is all you possess
Welcome to the edge"