terça-feira, janeiro 10, 2006

o mundo segundo Burton



O incrível mundo de Tim Burton foi-me apresentado por um amigo na noite de 25 para 26 de Dezembro de 2000, às 3.00h da manhã, com O Estranho Mundo de Jack. Por razões que agora não interessam nada, relembro essa data e hora com enorme precisão. Talvez por me ter apaixonado pelo filme logo aos primeiros minutos, talvez por ser natal, talvez por ainda guardar em mim uma criança cujos olhos brilham ao ver aquele fantástico mundo. Mas será que é preciso ser criança para que os nossos olhos brilhem ao ver o que Tim Burton faz? Eu cá acho que não.

Depois disso, revi Eduardo Mãos de Tesoura (e só aí realmente despertei para esse filme que anos antes não me tinha dito lá muito) e descobri películas como Vincent (o primeiro filme de animação Tim Burton, datado de 1982), Ed Wood, Marte Ataca! ou, mais recentemente, Big Fish, entre outros. Mas o mundo de Jack Skellington continuava sempre presente como a primeira grande marca que Burton me deixou. E ainda o vejo hoje com o mesmo prazer e com a banda sonora na ponta da língua…

Em 2005, Tim Burton regressa à animação com A Noiva Cadáver que, por razões estranhas, só este sábado consegui ver. E eis-me de novo sentado numa sala de cinema, rodeado de desconhecidos, de boca aberta e olhos arregalados e brilhantes a vibrar com mais uma fascinante história com animação à Burton que nos fascina (a mim, pelo menos) logo nos primeiros segundos. O argumento, longe da originalidade de O Estranho Mundo de Jack, ganha com uma animação plena de surpresas, de bonecos genialmente criados e animados, uma fotografia que faz as personagens brilhar (como os nossos olhos) e com um Tim Burton a mostrar o mundo dos mortos de um colorido que o suposto mundo dos vivos ali não tem. E a música? Mais uma vez, Danny Elfman encarrega-se de uma banda sonora que enche ainda mais o filme e à qual duvido que haja quem resista a abanar-se na cadeira.

A Noiva Cadáver é pura poesia para os olhos, para o corpo, para a mente. Um filme que apetece ver mais e mais. 75 minutos de pura magia, loucura, fantasia e uma realidade da qual apetece fazer parte. Numa palavra: Lindo!

PS: Curiosamente, este foi a primeira vez que fui ao cinema sozinho. Habitualmente levo sempre companhia, mas sábado descobri as vantagens de ir sem ninguém. Posso escolher o lugar que quero à vontade sem estarem ao meu lado a exigir que querem ficar na última fila… Se é para ir ao cinema e gastar quatro euros é para ver em grande e não tipo TV. Ainda mais quando se trata de um filme do Burton…

2 comentários:

ac3l disse...

tim burton sempre em grande. finalmente ontem consegui ir ver a noiva. bem gastos euros, que o filme foi mm bom.

e não, não é preciso ser criança para ver e gostar destes filmes. ajuda. mas não é uma qualidade necessária!

Hélder disse...

A genealidade de Tim Burton é clara. As personagens sempre rodeadas de fantasia, o brilho no olhar, a dualidade de mundos...enfim ele é O SENHOR!
Este Corpse Bride está genial e eu estupidamente encantado...