Terminou a campanha eleitoral. Há muito que acordar ao fim-de-semana não significava silêncio. Acabou-se o despertar ao som de promessas eleitorais misturadas com música roufenha, que noutros tempos já serviu de banda sonora a filmes. Se o autor soubesse o destino da sua música... E até era bonita...
Bonito seria também ter visto uma campanha eleitoral com propostas à séria, com candidatos sérios, com discussões sérias e com debates realmente esclarecedores sobre uma coisa que tem alguma importância (digo eu): a qualidade de vida dos cidadãos que, afinal, pagam os ordenados aos senhores que deviam zelar por essa mesma qualidade. Depois de mais de 15 dias a ver discursos, apertos de mão, beijos, peixeiras, políticos a dançar e a cantar, sinto-me exactamente na mesma. O vedetismo ganhou ao esclarecimento das populações.
Amanhã vou votar, claro. Jamais o deixarei de fazer porque é um dever cívico e uma forma de nos expressarmos. Se há tanta gente a manifestar-se por aí, aproveitem e usem esta forma legal para mostrar que pensam de tudo o que está a ser feito em Portugal. Se a mudança é necessária, ela começa em cada um de nós com pequenos (grandes!) gestos. A praia e os centros comerciais podem esperar.
1 comentário:
Finalmente o silêncio!
Ao segundo dia de campanha eleitoral já estava saturado de toda a classe politica e o emaranhado de acessores, colaboradores e afins.
Desconheço o panorama de Lisboa ou Porto, mas ao nível das cidades mais pequenas ainda reina o amadorismo nas comissões eleitorais, ao ponto de terem de ser os jornalistas a explicar-lhes a legislação. O desconhecimento em relação às leis que comandam a campanha é geral e vai mesmo até aos cabeças de lista. O que posso concluir destas premissas? Que os nossos politicos começam o jogo com o pé direito...
Ainda assim, vou votar daqui a pouco, pois considero que não o fazer é tudo menos uma boa alternativa...
Quero acreditar que o futuro pode e vai ser mais risonho do que o prensente...
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