Tenho aprendido, por experiência própria, que quanto mais vivo, mais exigente fico. São as pessoas que passam, as relações terminadas e iniciadas, a descoberta de novas pessoas, os temores dessa descoberta, a confrontação com verdades mais ou menos amargas... Enfim, um rol de situações que todos os dias colocam à prova a nossa capacidade de selecção e a exigência que vamos construindo.
É ao nível das relações que tenho sentido essa minha exigência. Tudo o que para trás fui deixando terminou da pior forma, fazendo com que, quase automaticamente, crie uma espécie de escudo contra aquele pequeno pormenor que deu cabo da situação, principalmente se a culpa é da outra pessoa. Depois, este pormenor junta-se a todos os outros que por cá habitam, engrossando uma lista de pré-requisitos. Há quem diga que procuro o impossível. Eu não acho. Procuro algo que sei que existe, tão simplesmente porque o que tenho para oferecer é muito e precioso.
Sim, sou exigente. A minha lista é complexa e também ela exigente. Se é bom ou mau não sei, mas a verdade é que, mesmo sem querer, dou por mim a preencher mentalmente a tal lista de pré-requisitos, tal como se preenche um qualquer formulário das finanças, a cada pessoa que vou conhecendo. E perdoem-me a falta de modéstia, mas sei, melhor que ninguém, a minha atitude numa relação, daí a exigência. É que o que tenho para dar não é dado em troca de pequenas coisas. Tem de ser grande, merecer, dar luta, estimular e, acima de tudo, querer receber. Simples, não? ;)
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