É de malas feitas e com o zen cheio de música que eu (e também o blog) vamos de férias nas próximas duas semanas aproximadamente. Longe de computadores, da internet, do msn e dos chat(o)s, mas sempre perto do que é realmente importante. Porque preciso mesmo de sentir saudades de casa, do meu ambiente e das minhas coisas (apesar das mais importantes irem comigo).
Até breve. Boas férias para quem (como eu) só agora as pode gozar.
sábado, agosto 27, 2005
quinta-feira, agosto 18, 2005
para ti maninha
Nem acredito que já estás casada e longe de mim. Na minha mente fui adiando o acontecimento. Talvez por medo de sentir o que sinto hoje, talvez por não aceitar o inevitável, talvez pelo medo que tinha em te perder. Sou sincero: nunca pensei que iria sentir tanto a tua falta. Nem imaginas como a casa ficou vazia desde sábado. Faltas cá tu, a tua voz, os teus gritos, a tua teimosia, o teu mau feitio que tanto me irrita e tira do sério. Mas afinal, é tudo isso que eu gosto em ti e que te faz a pessoa especial que és e que agora está longe. Sei que tudo isto está muito fresco e que daqui a algum tempo a ferida vai sarar, mas até lá vai ser difícil lidar com a tua ausência repentina, ainda que saiba que estás feliz e a seguir um rumo dito normal.
Nunca pensei estar aqui a escrever isto. Quem nos viu em pequenos estaria longe de imaginar que um dia iria estar aqui a dizer o quanto gosto de ti. Quem sabe da história da bola de berlim, quem sabe como te tratei quando nasceste e outras tantas histórias, se estiver a ler este texto, deve estar de boca aberta. E hoje, 27 anos depois, cá estou eu a dizer o quanto gosto de ti e a falta que me estás a fazer aqui em casa.
Com tudo isto, só consigo ganhar forças sabendo que estás bem. O meu desejo mais profundo é que Deus te ilumine o caminho e que te dê forças para enfrentares os novos desafios que a vida agora te coloca. Eu estarei aqui para te ouvir, para contigo chorar, para rir com os teus disparates, para fazer o papel do irmão mais velho que vai fazer tudo para te continuar a acompanhar e ajudar.
Amo-te maninha. Que tudo isto porque estou a passar tenha como recompensa a tua felicidade.
domingo, agosto 07, 2005
no, this is not for you
restless soul, enjoy your youth
like muhammad hits the truth
can't escape from the common rule
if you hate something, don't you do it too...too...
small my table, a sits just two
got so crowded, i can't make room
oh, where did they come from? stormed my room!
and you dare say it belongs to you...to you...
this is not for you
this is not for you
this is not for you
oh, not for you...
Not for you, Pearl Jam
Há músicas que, por vezes, falam por nós. Aqui está uma que reflecte tudo o que me apetece dizer hoje.
like muhammad hits the truth
can't escape from the common rule
if you hate something, don't you do it too...too...
small my table, a sits just two
got so crowded, i can't make room
oh, where did they come from? stormed my room!
and you dare say it belongs to you...to you...
this is not for you
this is not for you
this is not for you
oh, not for you...
Not for you, Pearl Jam
Há músicas que, por vezes, falam por nós. Aqui está uma que reflecte tudo o que me apetece dizer hoje.
segunda-feira, agosto 01, 2005
mais transparente
Confesso que nunca liguei muito a Fado. Talvez porque, até agora, nenhum cantor ou intérprete ter conseguido despertar em mim o "não sei o quê" que nos faz apreciar e sentir a nossa canção. Sim, mais do que gostar da melodia ou de uma ou outra voz é preciso sentir porque só assim a coisa faz sentido. Em relação ao Fado eu não sabia disto; aprendi ontem ao ouvir o último álbum da Mariza e hoje, algumas horas e audições depois, vejo as coisas de forma muito mais "transparente". Sei que já há muito que o devia ter feito. Por diversas razões e canções, fui deixando para trás um tesouro que insisti em esconder e que só agora descobri. Um tesouro que me fez despertar para um universo de sonoridades que agora quero absorver com aquelas pressas de quem quer recuperar o tempo perdido.
A voz da Mariza cheira a Portugal, cheira a ser português, transporta em si o melhor que temos, o melhor que somos. Uma voz que mistura o sentimento do Fado e um calor que vem de África, numa combinação que nos embala e nos aquece. Ouvir o Transparente é uma aventura a cada acorde, a cada tom, a cada chorar da guitarra. Logo na primeira música, um poema de Pessoa musicado, sente-se uma daquelas grandezas que nos reduz à insignificância de meros ouvintes. Chorei, fiquei arrepiado, confesso, e sei que isto para muitos pode parecer exagerado ou demasiado parvo, mas quero lá saber. Eu senti e aqui estou a dizê-lo. Se isso vos despertar vontade para ouvir o álbum, fico contente. Se não, paciência.
Depois, é um desfilar de canções que nos beijam e tocam. Pontos altos: Meu Fado Meu, Medo, Há palavras que nos beijam (poema de Alexandre O'Niell) e Desejos Vãos, canção quase épica que fecha o disco.
Longe de ser uma apologia à cantora, este post é o meu grito, quase uma forma de redenção, e, já agora, um conselho para todos aqueles que quiserem aceitar o desafio, pegar no álbum e ouvi-lo com ouvidos e espírito bem abertos. Foi o que fiz e em menos de 24 horas já o ouvi umas 10 vezes. E não cansa. Resultado: ganhei uma imensa vontade de querer ouvir mais. Afinal, é a nossa música, um grito do ser português, uma forma de exaltar o nosso Portugal e a nossa auto-estima que tanto em baixo anda...
E se me perguntarem o que é preciso para gostar de Fado eu respondo: não sei.
A voz da Mariza cheira a Portugal, cheira a ser português, transporta em si o melhor que temos, o melhor que somos. Uma voz que mistura o sentimento do Fado e um calor que vem de África, numa combinação que nos embala e nos aquece. Ouvir o Transparente é uma aventura a cada acorde, a cada tom, a cada chorar da guitarra. Logo na primeira música, um poema de Pessoa musicado, sente-se uma daquelas grandezas que nos reduz à insignificância de meros ouvintes. Chorei, fiquei arrepiado, confesso, e sei que isto para muitos pode parecer exagerado ou demasiado parvo, mas quero lá saber. Eu senti e aqui estou a dizê-lo. Se isso vos despertar vontade para ouvir o álbum, fico contente. Se não, paciência.
Depois, é um desfilar de canções que nos beijam e tocam. Pontos altos: Meu Fado Meu, Medo, Há palavras que nos beijam (poema de Alexandre O'Niell) e Desejos Vãos, canção quase épica que fecha o disco.
Longe de ser uma apologia à cantora, este post é o meu grito, quase uma forma de redenção, e, já agora, um conselho para todos aqueles que quiserem aceitar o desafio, pegar no álbum e ouvi-lo com ouvidos e espírito bem abertos. Foi o que fiz e em menos de 24 horas já o ouvi umas 10 vezes. E não cansa. Resultado: ganhei uma imensa vontade de querer ouvir mais. Afinal, é a nossa música, um grito do ser português, uma forma de exaltar o nosso Portugal e a nossa auto-estima que tanto em baixo anda...
E se me perguntarem o que é preciso para gostar de Fado eu respondo: não sei.
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