Numa das muitas deambulações pelas prateleiras da FNAC, esbarrei com o livro "Um Minuto de Silêncio". Depois de um folhear interrompido por vários (e sempre agradáveis) encontrões (a FNAC está a tornar-se num supermercado insuportável), descobri, entre as muitas passagens lidas, uma delas em que não se fala propriamente do silêncio. Ou então fala, ou então fala...
E depois há aquele sorriso ausente, um sorriso que desarma por completo, um sorriso mecânico comandado por um corpo tenso que procura amparo. Não é uma expressão de dor ou sofrimento que o corpo expele, é sempre aquele sorriso vago como quem sabe que não há mais nada a fazer senão esperar. E sorrir.
David Fonseca
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